sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PROJETO – RÁDIO ESCOLAR

I. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1. ESCOLA: E. M. Mauro W. Weis
1.2. ENDEREÇO: Av. Tancredo Neves, 360 – Bairro Castelândia
Primavera do Leste – MT.
1.3. RESPONSÁVEL: Elaine T. Scopel – Professora de Língua Portuguesa
1.4. CORRESPONSÁVEL: Coordenação Pedagógica
1.5. TURMAS ENVOLVIDAS: 9ºs anos

II. ASSUNTO
Rádio na Escola

III. TEMA
O valor do rádio no sistema de comunicação da escola e no desenvolvimento da oratória do aluno.

IV. INTRODUÇÃO
“A língua portuguesa dispõe de muitos recursos estilísticos nos níveis fonético, léxico, sintático e discursivo que estão à disposição dos falantes e escritores para que comuniquem suas emoções” (Gestar 2 – TP5). Diríamos então: O rádio é um deles.
Mas por mais que a tecnologia tenha chegado aonde chegou, por mais que máquinas e equipamentos eletrônicos estejam incrementando cada vez mais as salas de aulas, haverá sempre a necessidade de um professor para desenvolver os trabalhos e influenciar na aprendizagem.
Diante do exposto, levantamos a seguinte problemática.
Que valores predominam na sociedade atual?
Qual a importância do sistema de comunicação ( rádio e outros órgãos de comunicação) no meio escolar?
Que função a escola está exercendo na formação desta sociedade? Qual a sua contribuição para o contexto social?
Por isso, pensando no domínio da linguagem pelo aluno e no desempenho de sua oralidade, além da interação com as demais turmas da escola, objetivamos este projeto que, de modo geral envolverá os valores ligados à sonoridade, à significação e formação das palavras, à constituição da frase e do discurso, o que nada mais é do que o estudo da estilística.
O século 21 se apresenta com muitas inovações. Já temos aí, além da Internet que desvenda todos os mistérios da aprendizagem, uma TV digital que não limita fronteiras para o conhecimento do mundo. É imprescindível, então que passemos para o nosso aluno, noções básicas de oralidade e comunicação. A rádio na escola terá grande influência não só nesse sentido como também no desempenho de todas as funções que envolvam a interdisciplinaridade.

V. JUSTIFICATIVA
Este projeto objetiva a instalação e funcionamento de uma rádio escolar, que com a ajuda das demais mídias tecnológicas da escola, integrará alunos e toda a comunidade escolar, apresentando sugestões e facilitando a intercomunicação, mostrando de maneira fácil e agradável os estilos e recursos expressivos adquiridos no decorrer do ano letivo.
É necessário que todos comecemos a pensar e agir em busca de uma compreensão e valorização das mídias tecnológicas e sua influência na sala de aula, bem como efetivar medidas consistentes para adicioná-las e usufruí-las na concretização da aprendizagem do aluno.


No mundo atual, a comunicação passou a ser lugar comum e transformou-se em força de extraordinária vitalidade na observação das relações humanas e no comportamento individual.
Comunicar é criar. Usar a mídia a favor disso é mostrar a nossa cultura e personalidade. E a rádio entra em nossas escolas, invade nossas casas e faz parte de nossas vidas.
Como escola, devemos acompanhar a concepção progressista do momento e, adequando as etapas de nosso planejamento anual, lançamos a proposta de criação de uma Rádio Escolar.

VI. OBJETIVOS
6.1. GERAIS:
Proporcionar à comunidade escolar situações dialógicas que possibilitem trocas e sua interação com o mundo da tecnologia.
Propiciar situações de interação da comunidade escolar, reconhecendo a vivência do aluno e o conhecimento de diferentes universos.
Possibilitar a integração da comunidade escolar e a sua interação com as mídias tecnológicas, gerando conhecimento e aprendizagem de uma maneira fácil e agradável.

6.2. ESPECÍFICOS:
Integrar os conhecimentos, relacionando teoria e prática, propondo conexões das mídias da comunicação com os temas na sala de aula.
Reconhecer a importância dos meios de comunicação na interação do meio onde vivemos.
Incentivar a comunicação sonora, desenvolvendo a capacidade oratória do aluno.
Visitar rádios locais, verificando “in loco” o seu funcionamento.
Potencializar a autonomia comunicativa do aluno, possibilitando que os mesmos aprendam a aprender – fazendo.

VII. METODOLOGIA
Diante da necessidade de que as escolas sejam instrumento da cidadania democrática e tendo o privilégio de poder divulgar o conhecimento adquirido, traçaremos algumas metas para o desenvolvimento deste projeto. Para tanto, num primeiro momento estudaremos com os alunos a teoria da estilística e sonoridade. Num segundo momento estaremos propondo aos alunos a criação da rádio e como a faremos funcionar. Segue-se a programação com o auxílio e envolvimento do setor administrativo a fim de possibilitar a instalação da aparelhagem de som que a escola dispõe com o objetivo de fazer a rádio funcionar. Dividiremos as turmas em grupo para que cada semana seja um grupo a fazer a rádio funcionar. Finalizaremos o projeto com o envio do mesmo para o MEC pedindo a instalação de uma aparelhagem na escola a fim de viabilizar a melhoria do funcionamento da rádio.


VIII. DESENVOLVIMENTO
O projeto acontecerá da seguinte maneira:
1. Estudo da teoria da estilística e sonoridade pelos alunos dos 9ºs anos, além de visitas às rádios locais.

2. Criação em teoria da “Rádio Escolar”, dando-lhe nome e definindo as estratégias para colocá-la em funcionamento.
3. Solicitação de apoio do setor administrativo da escola a fim de viabilizar a instalação da aparelhagem de som com o objetivo de por a rádio em funcionamento.
4. A princípio a rádio funcionará somente às quintas-feiras, no horário do recreio dos alunos, podendo ser ampliada para outros horários durante o seu desenvolvimento.
5. As turmas serão divididas em grupos e cada semana será um grupo que preparará a programação colocando a rádio em funcionamento sob a supervisão da professora responsável pelo projeto.
6. A programação, inicialmente se comporá de: pequenos anúncios, música, avisos, notícias do interesse da escola, e finalizará com uma dedicatória aos aniversariantes do dia ou outra homenagem qualquer.
7. Comprovado o seu funcionamento, o projeto será enviado ao MEC, onde será solicitada uma aparelhagem que permita um melhor funcionamento da rádio escolar em definitivo.

IX. EXECUÇÃO
O projeto será executado no segundo semestre do ano letivo de 2009, realizando-se na medida em que as propostas para esse fim forem sendo desenvolvidas.
9.1. CRONOGRAMA
Agosto – (1ª quinzena) – Teoria da estilística aos alunos dos 9ºs anos.
Agosto – (2ª quinzena) - Colocação da rádio em funcionamento.
Agosto a novembro: Funcionamento da rádio escolar.
Dezembro: Envio do projeto ao MEC
OBS: O cronograma é passível de alterações.
9.2. RECURSOS
A princípio não haverá custos. Serão utilizados os recursos de que a escola dispõe.

X. CONCLUSÃO
Este trabalho contribuirá de forma significativa na formação dos alunos, permitindo que os mesmos tenham acesso à mídia tecnológica e potencializem a sua autonomia no desenvolvimento de suas competências, criando uma rádio escolar, onde eles possam, não só demonstrar o seu conhecimento teórico como desenvolver sua criatividade e a capacidade oratória.
Certamente com isso estaremos usando a língua portuguesa como geradora de significação e integradora do mundo, mostrando o valor dos meios de comunicação e sua presença cada vez maior dentro da comunidade escolar.
GESTAR II
CURSISTA: Elaine T. Scopel
MEMORIAL
Num tempo muito remoto chegaram ao Brasil, oriundos da Itália, alguns membros dos Clãs Lorenzetti e Comarella. Da união destas duas famílias, nasceu Elaine. Foi num longínquo 17 de novembro de 1950, no município de Irai, Rio Grande do Sul; linda cidade cercada por montanhas e rodeada pelas águas límpidas do Rio Mel, que chegou Elaine Teresinha Lorenzetti e, que, mais tarde, por força do casamento, passou a usar o sobrenome Scopel.
Sua inf ância transcorreu feliz e prazerosa, numa localidade do interior de Frederico Westphalen, RS onde fez seus estudos iniciais. Desde pequena sonhava em ser professora. Por isso decidiu-se pelo Curso Normal, formando-se professora primária em 1971. Como morava no interior teve a oportunidade de iniciar sua carreira no magistério, antes mesmo de concluir a sua formação na Escola normal.
Trabalhou na Escola Estadual Mal. Castelo Branco, localidade onde morava, por dois anos.
Tendo concluído o Normal na Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora de Frederico Westphalen, RS, optou por fazer LETRAS, pois este era o único curso que a Faculdade (FESAU) recém criada em sua cidade, possuía.
Trabalhava de dia em uma escola do interior e a noite frequentava a Faculdade de Letras.
Nesta época fez o concurso e tornou-se professora efetiva no Estado do Rio Grande do Sul. Casou e teve seu primeiro filho antes mesmo de concluir o Curso de Letras. Foram anos difíceis, mas ao mesmo tempo prazerosos, pois progredia em sua carreira.
Após dois anos de estágio probatório que deveriam ser cumpridos no interior do município, foi transferida para a Escola Estadual Sepé Tiaraju, na zona urbana de Frederico Westphalen, onde atuou por vinte e três (23) anos, até sua aposentadoria aos 25 anos de serviço.
Nesta escola trabalhou por 9 anos como professora de língua portuguesa, 6 anos como Coordenadora pedagógica e 8 anos como Diretora. Esta escola que a abrigou durante 23 anos, em sua gestão, transformou-se de Escola de Iº Grau incompleto para Escola de Ensino fundamental e Ensino Médio, ganhando inclusive um novo prédio com instalações amplas, modernas e acolhedoras. Durante este período, com o trabalho árduo de toda a comunidade escolar, a escola montou a mais completa biblioteca da cidade. E na ocasião de sua aposentadoria a escola já possuía 8.114 volumes de livros (títulos), entre literatura infantil e infanto-juvenil.
Tendo se aposentado como professora estadual no Rio Grande do Sul em 1992 atuou como sindicalista no 26º núcleo do CPERS (sindicato dos professores do Rio Grande do Sul).
Por força do trabalho de seu esposo que era caminhoneiro, no ano de 2001 mudou-se para o Estado do Mato Groso, mais precisamente, para Primavera do Leste.
Para não cair em depressão, pois a mudança trouxe-lhe grandes transtornos, passou a trabalhar novamente, naquela profissão que tantas alegrias lhe haviam proporcionado no RS. Atuou em várias escolas de Primavera do Leste, até fazer concurso novamente e efetivar-se pelo município, passando a atuar na Escola municipal Mauro Wendelino Weis.
Esta é uma trajetória vitoriosa de alguém que acredita na Educação, o que para uns constitui-se em uma tarefa fácil e aprazível, talvez porque já tenham elaborado uma técnica, pode-se dizer intuitiva, de como ser professora. Para outros é um sacrifício desde o início. Não encontram o caminho, as ideias se confundem, a insegurança aumenta e o que poderia ser uma grande carreira, vira um caos.
Elaine conclui este memorial dizendo: “Sou e serei professora por muito tempo e com muito orgulho, porque acredito num ideal e porque sou alguém que constrói aos poucos aquela carreira com a qual sempre sonhei. Acredito no aluno e no seu potencial”.
RELATÓRIO DAS UNIDADES 7 E 8 DA TP2
CURSISTA: Elaine T. Scopel
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
PROFESSORA FORMADORA: Rosine Ferraz Damasceno Borges

Nestas unidades escolhemos os Textos: “Amar - Amaro” página 91 e “Serão de junho” página 118.
Com o texto Amar – Amaro trabalhamos Arte e Conotação, conteúdo obrigatório do planejamento do 9º ano.
Entregamos aos alunos o texto digitado bem como as atividades a ele pertinentes. Estimulamos o debate compartilhado, explorando os conteúdos trabalhados até o momento, como neologismos, denotação e conotação, família de palavras, recursos gráficos, linguagem poética entre outros. Foi uma atividade bastante satisfatória e produtiva, principalmente na arte de interpretar e na exploração gramatical.
Como segunda atividade destas unidades trabalhamos o poema “Serão de Junho” – página 118. Entregamos aos alunos o poema digitado bem como suas atividades. Neste poema exploramos as figuras de linguagem no texto literário.
Provocamos o debate e exploramos a leitura nas entrelinhas, identificando e comparando com outros exemplos de figuras de linguagem.
Com estes textos encerramos as atividades com as TPS do GESTAR II. Esperamos retornar em 2010 e realizar o nosso planejamento, enfocando este material tão rico e pródigo em atividades interpretativas e na produção textual.

domingo, 25 de outubro de 2009

RELATÓRIO
GESTAR II – TP1 – UNIDADES 1 a 4
TP2 – UNIDADES 5 a 8
CURSISTA: Elaine T. Scopel
Como diz a introdução da TP2: Frequentemente, a análise linguística e o trabalho com a gramática costumam ser mal vistos por muitos alunos e muitos professores, ou mal orientados.
Diante dessa afirmação (o que é verdade) podemos dizer que isso ocorre porque alguns professores induzem os alunos para este objetivo.
Nas unidades 3 e 4 vimos alguns textos que citaremos a seguir e cujas atividades sugeridas tiveram excelente aproveitamento com os alunos:
A Raposa e as Uvas
O Patinho realmente feio.
O nome feio.
Provocamos um debate entre os alunos, comparando e identificando os gêneros textuais. As atividades foram realizadas em grupo. Tivemos bons resultados, pois os textos foram entregues digitados e com as atividades sugeridas.
Na TP2, unidades 5 e 6 escolhemos apenas o texto: A Tinta de escrever. Concordamos plenamente com os autores que falam sobre a importância da gramática normativa. Se bem trabalhada e com objetivos bem definidos trará ótimos resultados.
Entregamos os quatro (4) textos aos alunos bem como as ilustrações referentes aos mesmos. Provocamos um debate e comparamos os textos, estabelecendo um paralelo com as fábulas originais. Os alunos identificaram os gêneros textuais, debateram as atividades propostas e coloriram as ilustrações. Ocupamos quatro aulas com estas atividades.
Infelizmente o bimestre está acabando e ainda temos conteúdos a vencer. Com certeza ainda realizaremos algumas atividades propostas naTP2, porém até o momento foi o que conseguimos. Ocupamos algum tempo para preparar estas atividades e achamos que as atividades propostas nas TP1 TP2 são excelentes e provocam uma aprendizagem positiva e com bons resultados.

sábado, 10 de outubro de 2009

GESTAR II
CURSISTA: Elaine T. Scopel
Relatórios das unidades Um a quatro
Chegamos ao quarto bimestre. São avaliações chegando, conteúdos a serem vencidos e objetivos a ainda serem alcançados. Nesta reta final, restam ainda algumas atividades pendentes em nosso planejamento inicial. Diante desta verdade incontestável, encaixei apenas duas atividades da TP1 em meu trabalho os 9ºs anos.
A introdução da TP1 diz: ”quando criamos ou interpretamos textos, estamos refletindo e aprendendo sobre linguagem”.
Diante desta afirmação, qualquer atividade constante da TP1 poderia ser trabalhada nas turmas em que atuo.
Porém, como o tempo urge nos ativemos ao texto: “Conta de novo a história da noite em que eu nasci”.
Confesso que achei esse texto muito interessante, pois permitiu a participação dos alunos, dando depoimentos e contando as suas histórias. Após cada parágrafo lido, um aluno fazia a sua participação, relatando a sua história de vida ou de seu nascimento. Após esse relato dos alunos fizemos a atividade nº 7.
Outro texto com o qual realizamos uma leitura compartilhada foi “Sexa” – página 78. Os alunos leram, colocando certa dose de humorismo. Realizamos as atividades propostas, provocando a interferência do aluno.
Infelizmente o tempo que nos resta neste bimestre é insuficiente para que possamos trabalhar outras atividades da TP1 ou TP2, já que temos ainda, unidades a vencer dentro de nosso planejamento constante no PPP da Escola.
Gostaríamos de salientar que o material do GESTAR é muito bom e com certeza, o nosso planejamento para 2010 contemplará a utilização deste material em larga escala.

Mário Quintana

GESTAR II
CURSISTA: Elaine T. Scopel
EM TEMPO: Dentro das unidades 21 a 24 realizamos uma atividade que eu considero de grande valia para os estudos poéticos no 9º ano.
Ao trabalhar a poesia, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer um pouquinho mais sobre Mário Quintana, nosso saudoso poeta gaúcho.
Após trabalhar a poesia de Mário Quintana constante nestas unidades, levamos os alunos para o laboratório de informática com a função de pesquisarem um pouquinho mais sobre a biografia do poeta e encontrar outras poesias do mesmo. Os alunos encontraram muita coisa e montaram um ótimo trabalho. Achei a pesquisa proveitosa. Tanto assim que montei uma apostila com estes trabalhos e encadernei. Ficará na biblioteca da escola.

sábado, 12 de setembro de 2009

Produção textual - Unidades 21 a 24

II SEMESTRE
PRODUÇÃO TEXTUAL
Sabemos que qualquer texto publicitário tem por objetivo maior “vender” um produto ou uma ideia, mas todo ato de comunicação linguística tem também esse objetivo, em maior ou menor grau – só nem sempre é tão explícito. Todas as vezes em que nos engajamos no processo comunicativo, temos a intenção – consciente, ou não; explícita, ou não – de “produzir” alguma alteração, no conhecimento ou no comportamento de nossos ouvintes/leitores.
ATIVIDADE:
Em grupo: - Criar uma propaganda sobre um produto fictício. Convencer o cliente a comprar. Esta propaganda deve seguir todos os passos da argumentação. O produto a ser vendido deve ser inventado. Ele não existe nos mercados. Deve ser criada uma tese e em cima da mesma criar no mínimo três argumentos. Esta propaganda deve ser representada graficamente e também teatralmente.

LEMBRETES:
Ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação linguística é também basicamente argumentativa. Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos implicitamente alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas ideias.
Os códigos chamados línguas são compostos por signos linguísticos, que, em um sentido mais geral, são elementos da natureza linguística usados para designar outros elementos de natureza não linguística. Assim, o signo linguístico é resultado da relação indissociável entre significante (linguístico, imagem acústica) e significado (conceito, ideia).
IMPORTANTE: Chamamos de estratégias ou recursos argumentativos à variedade de formas de convencimento utilizadas. No texto argumentativo, mais especificamente, chamamos essas estratégias de argumentos. Todos os argumentos de um texto devem conduzir a um único objetivo, ou a objetivos integrados e compatíveis entre si.
A Tese constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte. Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.

LEIA O TEXTO A SEGUIR:
EM BUSCA DA LONGEVIDADE

Enquanto – e quanto mais – a ciência aprimora suas pesquisas para desenvolver o segredo da imortalidade, não podemos descurar – hoje – das medidas necessárias a perseguir as que nos conduzem a uma vida longa e saudável.
A natureza concedeu a cada um de nós um conjunto de mecanismos que permite nos proteger e nos renovarmos constantemente, resistindo a todas as agressões, mesmo aquelas que não podemos evitar.
A velhice não pode ser catalogada como uma doença, nem pode se apresentar como um período de sofrimento e desilusão.

Se conduzirmos nossa existência através de um programa disciplinado no que refere à alimentação, a exercícios, ao estilo de vida, podemos chegar à longevidade com saúde e vitalidade.
É claro que a expectativa de vida não é a mesma nos países em que a taxa de mortalidade infantil é elevada, a assistência médica precária, a fome e a desnutrição evidente e a condição sócio-econômica inconsciente.
Cumpre destacar aqui a diferença entre longevidade máxima e expectativa de vida. Aquela é um fenômeno ligado à espécie, e esta, uma condição decorrente dos avanços da medicina, da higiene e das possibilidades econômicas de cada um.
O nosso destino depende do binômio genético-ambiental: se nós pudermos identificar os indivíduos geneticamente vulneráveis e submetê-los a uma prevenção rigorosa, à erradicação dos fatores ambientais, possivelmente, em um futuro menos longínquo que possamos pensar, a uma correção de fatores genéticos, os conduziríamos a um envelhecimento saudável.
Dr. Ernesto Silva, AMBr revista, julho/2003. (com adaptações)

RESPONDA EM SEU CADERNO:
Qual é a tese desse texto?
Que argumentos são usados para comprovar a validade dessa tese?
Que contribuições a ciência pode dar para conduzir a um envelhecimento saudável?
IMPORTANTE:
Argumentos baseados no senso comum, ou no consenso, são verdades aceitas culturalmente, sem necessidade de comprovação.
Veja o pequeno texto abaixo:
A VELOCIDADE DO CÉREBRO
Quando uma pessoa queima o dedo, a dor é um sinal que o tato envia ao cérebro. Este, por sua vez, transmite outro sinal aos músculos, que reagem afastando a mão do fogo. A velocidade de circulação dessas mensagens surpreende: elas viajam a 385 Km/h, mais rápido que um carro de fórmula 1.
RESPONDA EM SEU CADERNO:
Que tese pode ser identificada nesse texto?
Por que a velocidade das mensagens transmitidas ao cérebro é facilmente aceita pelos leitores?
Que argumentos são utilizados para mostrar a validade da tese do texto?
Faça uma relação entre o título do texto e a identificação da tese.
LEIA O TEXTO ABAIXO:
O PODER DOS AMIGOS
Uma pesquisa realizada na Suécia comprovou que bons amigos fazem mesmo bem ao coração. O estudo acompanhou a evolução do estado de saúde de 741 homens por 15 anos e concluiu que aqueles que mantinham ótimas amizades apresentaram muito menos chances de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles que não contavam com o ombro amigo de alguém.
RESPONDA EM SEU CADERNO:
Que tese você identifica nesse texto?
Como o texto comprova essa tese?
Se você, como leitor, quisesse contestar essa tese, que argumento contrário você teria que apresentar para que fosse aceito como válido?
Que relação você estabelece entre o título e a tese do texto?


IMPORTANTE:
Argumentos baseados em provas concretas recorrem a cifras, estatísticas, fatos históricos; dão à argumentação uma sensação maior de confiabilidade, de veracidade. Por isso, são muito empregados em textos acadêmicos e científicos ou em qualquer situação em que se pretende fazer o interlocutor acreditar com mais facilidade.
LEIA O TEXTO ABAIXO:
O LEÃO E O RATINHO
Alguns ratinhos brincavam de esconder. O menor deles saiu correndo em busca de um esconderijo onde ninguém o encontrasse. Viu algumas rochas e ficou muito alegre por encontrar também uma caverna. Só muito tarde percebeu que a rocha era um leão dormindo e que a caverna era a boca aberta do leão.
O felino ficou muito bravo por ter sido acordado e disse que iria castigar tanto atrevimento. O ratinho pediu desculpas.
- Prometo que isso não vai acontecer nunca mais.
O leão perdoou o ratinho. Alguns dias depois, acordou novamente com os guinchos e as correrias. Pensou: “Vou dar uma lição nesses ratinhos e se os pais deles não gostarem, morrerão também”.
Acontece que os caçadores esperavam por ele há vários dias. Quando ele passou debaixo de uma árvore, jogaram a rede e o prenderam. Ele fez de tudo para sair, mas foi impossível. Os caçadores deixaram o leão na rede e foram avisar seus companheiros. O leão lutou muito tempo e seus rugidos estremeceram a floresta. Depois, cansado, ficou triste. Sabia que os homens iriam matá-lo ou então o levariam para algum zoológico bem longe.
Passado algum tempo, o leão ouviu uma voz junto de seu ouvido. Era o ratinho.
- Leão, vim tirar você dessa armadilha.
Não acreditou. Como um animal tão insignificante poderia ajudá-lo?
- Chame alguém maior e mais forte. Você nunca conseguirá me tirar daqui – rugiu o leão.
- Sou pequeno, mas tenho os dentes afiados – disse o ratinho.
O ratinho roeu então as malhas da rede, uma por uma. Algum tempo depois, o buraco ficou grande e o leão pode escapar. Quando os caçadores voltaram, a rede estava vazia.
Moral: Algumas vezes, o fraco pode ajudar o forte.
www.ilove.com.br
ATIVIDADES: Responda em seu caderno:
Que tese – em forma de ensinamento – o texto pretende demonstrar?
Para que serve toda a narrativa envolvendo as experiências do ratinho e do leão?
Dos detalhes das experiências entre o leão e o ratinho, quais são imprescindíveis e não podem ser modificados? Por quê?

OBSERVE AS CARACTERÍSTICAS ARGUMENTATIVAS DOS TRÊS PARÁGRAFOS DO TEXTO A SEGUIR:

OS MELHORES AMIGOS DO HOMEM
Uma experiência pequena, mas com resultados animadores está empolgando pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de alimentos da Universidade de São Paulo. O trabalho, coordenado pelo Prof. Marcelo Ribeiro, consiste em usar animais para ajudar crianças deficientes mentais para melhorar o desempenho escolar. As crianças cuidam de cabras, coelhos, peixes, etc. Durante as atividades, aprendem conceitos e desenvolvem habilidades de maneira fácil e divertida. Além da evolução no aprendizado, os pequenos ganham um sentimento que muitos nem sequer haviam experimentado: autoestima.
Essa pequena sensação enche de alegria o coração do menino Leonardo Neves, 11 anos, cada vez que ele monta o cavalo Pantanal. Tetraplégico de nascença (faltou oxigênio durante o parto), Leonardo hoje é capaz de feitos que, tempos atrás, eram inimagináveis.
Na verdade, o uso de animais no tratamento de várias doenças tem sido um recurso cada vez mais utilizado. Várias pesquisas demonstram que os bichos têm um fabuloso poder terapêutico. “Eles são remédios vivos”, afirma a veterinária Hannelore Fuchs, uma das principais especialistas no assunto do País. De acordo com pesquisas do cientista Dennis Turner, professor da Universidade de Duke (Estados Unidos), por exemplo, o contato com animais ajuda a reduzir a pressão sanguínea, a diminuir os níveis de colesterol e de estresse.
Fragmento adaptado de ISTO É, 11/02/2004
ATIVIDADES:
Qual é a tese desse texto?
Que contribuição dão as informações do primeiro parágrafo para a comprovação da tese?
Como o segundo parágrafo contribui para a comprovação da tese?
Destaque do terceiro parágrafo dois argumentos a favor da tese do texto.
IMPORTANTE:
O argumento de autoridade recorre a fontes de informação renomadas, como autores, livros, revistas especializadas, para demonstrar a veracidade da tese. Este é um dos tipos de argumentos mais encontrados em livros didáticos ou em textos científicos.

Vamos observar no que se apóia a argumentação do seguinte texto, retirado de Superinteressante, agosto de 2003.
A partir de agora vai ser difícil dizer que uma pessoa não vale nada. Um levantamento da revista americana Wired mostrou que qualquer um poderia ganhar até 45 milhões de dólares se retirasse as partes úteis do seu corpo e as vendesse para transplante. É claro que, depois, não teria como aproveitar o dinheiro. Muitos dos órgãos retiráveis são vitais.
ATIVIDADES:
Qual é a tese do texto?
A que “autoridade” recorre o texto para argumentar pela tese?
Como, na prática< o texto mostra o absurdo da tese?
Por que a pesquisa contribui para sustentar a tese, apesar da lógica do raciocínio final do texto?
Estabeleça a relação de condição em que o argumento final do texto se baseia:
Se _________________________________ Então ______________________
6. Que título você daria ao texto para orientar o leitor para a argumentação final?