sexta-feira, 6 de novembro de 2009

GESTAR II
CURSISTA: Elaine T. Scopel
MEMORIAL
Num tempo muito remoto chegaram ao Brasil, oriundos da Itália, alguns membros dos Clãs Lorenzetti e Comarella. Da união destas duas famílias, nasceu Elaine. Foi num longínquo 17 de novembro de 1950, no município de Irai, Rio Grande do Sul; linda cidade cercada por montanhas e rodeada pelas águas límpidas do Rio Mel, que chegou Elaine Teresinha Lorenzetti e, que, mais tarde, por força do casamento, passou a usar o sobrenome Scopel.
Sua inf ância transcorreu feliz e prazerosa, numa localidade do interior de Frederico Westphalen, RS onde fez seus estudos iniciais. Desde pequena sonhava em ser professora. Por isso decidiu-se pelo Curso Normal, formando-se professora primária em 1971. Como morava no interior teve a oportunidade de iniciar sua carreira no magistério, antes mesmo de concluir a sua formação na Escola normal.
Trabalhou na Escola Estadual Mal. Castelo Branco, localidade onde morava, por dois anos.
Tendo concluído o Normal na Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora de Frederico Westphalen, RS, optou por fazer LETRAS, pois este era o único curso que a Faculdade (FESAU) recém criada em sua cidade, possuía.
Trabalhava de dia em uma escola do interior e a noite frequentava a Faculdade de Letras.
Nesta época fez o concurso e tornou-se professora efetiva no Estado do Rio Grande do Sul. Casou e teve seu primeiro filho antes mesmo de concluir o Curso de Letras. Foram anos difíceis, mas ao mesmo tempo prazerosos, pois progredia em sua carreira.
Após dois anos de estágio probatório que deveriam ser cumpridos no interior do município, foi transferida para a Escola Estadual Sepé Tiaraju, na zona urbana de Frederico Westphalen, onde atuou por vinte e três (23) anos, até sua aposentadoria aos 25 anos de serviço.
Nesta escola trabalhou por 9 anos como professora de língua portuguesa, 6 anos como Coordenadora pedagógica e 8 anos como Diretora. Esta escola que a abrigou durante 23 anos, em sua gestão, transformou-se de Escola de Iº Grau incompleto para Escola de Ensino fundamental e Ensino Médio, ganhando inclusive um novo prédio com instalações amplas, modernas e acolhedoras. Durante este período, com o trabalho árduo de toda a comunidade escolar, a escola montou a mais completa biblioteca da cidade. E na ocasião de sua aposentadoria a escola já possuía 8.114 volumes de livros (títulos), entre literatura infantil e infanto-juvenil.
Tendo se aposentado como professora estadual no Rio Grande do Sul em 1992 atuou como sindicalista no 26º núcleo do CPERS (sindicato dos professores do Rio Grande do Sul).
Por força do trabalho de seu esposo que era caminhoneiro, no ano de 2001 mudou-se para o Estado do Mato Groso, mais precisamente, para Primavera do Leste.
Para não cair em depressão, pois a mudança trouxe-lhe grandes transtornos, passou a trabalhar novamente, naquela profissão que tantas alegrias lhe haviam proporcionado no RS. Atuou em várias escolas de Primavera do Leste, até fazer concurso novamente e efetivar-se pelo município, passando a atuar na Escola municipal Mauro Wendelino Weis.
Esta é uma trajetória vitoriosa de alguém que acredita na Educação, o que para uns constitui-se em uma tarefa fácil e aprazível, talvez porque já tenham elaborado uma técnica, pode-se dizer intuitiva, de como ser professora. Para outros é um sacrifício desde o início. Não encontram o caminho, as ideias se confundem, a insegurança aumenta e o que poderia ser uma grande carreira, vira um caos.
Elaine conclui este memorial dizendo: “Sou e serei professora por muito tempo e com muito orgulho, porque acredito num ideal e porque sou alguém que constrói aos poucos aquela carreira com a qual sempre sonhei. Acredito no aluno e no seu potencial”.

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